Quando eu tinha 9 anos de idade, nossa família morava na Ilha da Madeira. As ruas de Funchal, a capital, eram pavimentadas com paralelepípedos (ainda o são), e grande parte do transporte nas ilhas era feito em trenós arrastados sobre aquelas pedras. Os trenós tinham longos patins de aço e eram puxados por cavalos ou mulas. Os condutores desses trenós reduziam a fricção sobre os patins, engraxando-os periodicamente com sebo bovino envolto em sacos de aniagem.
Um dia, enquanto eu caminhava pelas ruas da cidade, vi uma multidão que observava um homem com uma parelha de cavalos e um daqueles trenós, tentando mover um grande barracão colocado na calçada de cimento. Também parei para olhar. O condutor havia amarrado longas e grossas cordas dos cabrestos para o trenó, e batia sem piedade nos cavalos. Meu coração se condoeu das pobres criaturas. Por mais força que fizessem, não conseguiam mexer a carga.
Enquanto o condutor pensava no que faria a seguir, as cordas se afrouxaram momentaneamente. O condutor virou-se e começou a juntar as cordas, aparentemente para açoitar um dos cavalos, o qual ele julgava estar-se negando a trabalhar. Seu movimento assustou os cavalos. Eles deram uma guinada, esticando as cordas. Com a rapidez de um relâmpago, o homem foi jogado para o ar. A imagem daquele homem descendo com a cabeça para baixo está indelevelmente gravada em minha memória. Caiu de cabeça e se machucou muito. Eu estremeci, mas em minha mente infantil fiquei feliz porque o homem havia provado um pouquinho de seu próprio "remédio".
Um cristão nunca deve regozijar-se com o infortúnio alheio, mesmo que este seja o resultado dos erros da própria pessoa (ver Prov. 24:17). Afinal de contas, a vingança pertence a Deus. Mas por outro lado, maltratar os animais está errado e Deus vai pedir contas a quem comete essa maldade. Se um pardal não cai ao chão sem que nosso Pai celestial o observe (S. Mat. 10:29), com certeza Ele está acompanhando a maneira como tratamos as Suas outras criaturas.
Se isso é verdade, não deveríamos tratar bondosamente os nossos semelhantes, que valem mais "do que muitos pardais"? (Ver S. Luc. 12:7.) oraçôes.
Um dia, enquanto eu caminhava pelas ruas da cidade, vi uma multidão que observava um homem com uma parelha de cavalos e um daqueles trenós, tentando mover um grande barracão colocado na calçada de cimento. Também parei para olhar. O condutor havia amarrado longas e grossas cordas dos cabrestos para o trenó, e batia sem piedade nos cavalos. Meu coração se condoeu das pobres criaturas. Por mais força que fizessem, não conseguiam mexer a carga.
Enquanto o condutor pensava no que faria a seguir, as cordas se afrouxaram momentaneamente. O condutor virou-se e começou a juntar as cordas, aparentemente para açoitar um dos cavalos, o qual ele julgava estar-se negando a trabalhar. Seu movimento assustou os cavalos. Eles deram uma guinada, esticando as cordas. Com a rapidez de um relâmpago, o homem foi jogado para o ar. A imagem daquele homem descendo com a cabeça para baixo está indelevelmente gravada em minha memória. Caiu de cabeça e se machucou muito. Eu estremeci, mas em minha mente infantil fiquei feliz porque o homem havia provado um pouquinho de seu próprio "remédio".
Um cristão nunca deve regozijar-se com o infortúnio alheio, mesmo que este seja o resultado dos erros da própria pessoa (ver Prov. 24:17). Afinal de contas, a vingança pertence a Deus. Mas por outro lado, maltratar os animais está errado e Deus vai pedir contas a quem comete essa maldade. Se um pardal não cai ao chão sem que nosso Pai celestial o observe (S. Mat. 10:29), com certeza Ele está acompanhando a maneira como tratamos as Suas outras criaturas.
Se isso é verdade, não deveríamos tratar bondosamente os nossos semelhantes, que valem mais "do que muitos pardais"? (Ver S. Luc. 12:7.) oraçôes.
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